4.000 Exoplanetas!

De acordo com as informações do arquivo de exoplanetas da NASA, a quantidade de planetas fora do Sistema Solar oficialmente reconhecidos pela comunidade científica passou de 4.000. Para celebrar esse marco histórico, o site SYSTEM Sounds criou uma animação muitíssimo interessante, convertendo o tempo em que tais descobertas ocorreram em forma de música.

Outros dados científicos como órbitas ao redor de suas estrelas-mãe e as metodologias para encontrar esses exoplanetas ao longo do tempo também foram considerados para compor a música. Um círculo aparece na posição de cada exoplaneta à medida que é descoberto com uma cor que indica qual método foi usado para encontrá-lo (veja abaixo a classificação das cores associadas com cada método de detecção). O tamanho do círculo indica o tamanho relativo da órbita do planeta e o tom da nota indica o período orbital relativo do planeta. Os planetas com períodos orbitais mais longos (frequências orbitais mais baixas) são ouvidos como notas baixas e os planetas com períodos orbitais mais curtos (frequências orbitais mais altas) são ouvidos como notas mais altas. O volume e a intensidade da nota dependem de quantos planetas com períodos orbitais semelhantes foram anunciados ao mesmo tempo. A descoberta de um único planeta será silenciosa e suave, enquanto a descoberta de muitos planetas com períodos semelhantes é alta e intensa. O zumbido silencioso do fundo é criado convertendo as cores das estrelas brilhantes que aparecem na Via Láctea em som. Confira tudo isso no formato de som e imagem no vídeo logo abaixo:

Classificação de cores em relação às metodologias utilizadas para detectar cada exoplaneta: velocidade radial (rosa), trânsito (roxo), geração de imagens (laranja), microlente (ciano), variações de tempo (pulsar, trânsito, eclipse, pulsação) (vermelho), modulação do brilho orbital (amarelo), astrometria (cinza).

O aspecto mais fascinante, em minha maneira de interpretar essa arte extraída de dados científicos, é a consideração da contagem a partir de 1992, ano da detecção do primeiro exoplaneta. E é incrível como antes desta data (pouquíssimo tempo em termos históricos) a comunidade científica considerava praticamente impossível encontrar planetas fora do Sistema Solar. E a animação revela de uma forma muito intuitiva, o quanto que o volume de exoplanetas descobertos vem se intensificando com a passagem do tempo (mostrados na parte central superior do vídeo), revelando que a existência de planetas no universo passou a ser encarada como regra e não como exceção, destronando a Terra como sendo o único albergue possível para a vida. Essa violenta quebra de paradigma torna o encontro oficial com inteligências extraterrestres um evento cada vez menos fantasioso, ao mesmo tempo em que o acúmulo de elementos cada vez mais concretos constituem caminhos que apontam para um contato com essa revolucionária possibilidade em um futuro não muito distante.

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